O primeiro dia foi maravilhoso.
Quebramos o braço da senhora que gritava, jogando-a sem querer no poço, que afinal, não era fundo. O dia se resumiu a isso.
Assim, depois do castigo, tudo correu bem. Nos juntamos em volta da fogueira, contamos histórias, comemos bolinhos, e fomos para nossas cabanas, dormir.
Mas ao contrário da maioria, eu fiquei no bosque. Tudo ali era tão mágico, tão misterioso... Cada árvore era diferente, nenhum animal tinha o mesmo som, cada passo naquele lugar me fazia sentir leve. Por algumas horas, andei sem rumo, correndo, ou aproveitando o vento em meu rosto. Fazia muito tempo que não me sentia assim tão bem, tão livre.
Até que cheguei naquela enorme faixa amarela, que me empedia a passagem.
Tentei passar por ela, e continuar miha aventura, mas o vento soprou de tal forma que me derrubou no chão. Essa rajada de vento rasgou minhas roupas, e cortou minhas mãos.
Olhei para a lua, que resistia contra a escuridão no céu.
Comecei a ficar com um pouco de medo, e levantei, para voltar.
-Desculpe se te machuquei, mas foi um aviso-ouvi uma voz. Olhei para trás, mas tudo que vi foi o bosque para sempre mágico, misterioso e sombrio. Era tão silencioso, que ouvia meus próprios batimentos, e o de mais alguém. Corri muito, e finalmente cheguei ao acampamento, completamente deserto.
Olhei para o céu. Não havia lua, apenas a escuridão.