A caixa

Não faz muito tempo que essa história aconteceu.



Ela, carente de amor, ele, com excesso.

Era como se sol e lua se reencontrasse, depois de muito tempo... Foi no começo do inverno, quando o acaso, talvez o destino, uniu vidas, para que talvez, elas continuassem a existir, ou para que não se acabassem sem ter alguém com quem se importar. Era como se o impossivel se tornasse possível; a neve caia sobre o chão, já branco, assim como o sentimeto caiu sobre aquelas duas almas.
A cada dia que se passava, sentiam que seus laços ficavam mais fortes, que talvez pudessem usufruir de algum outro meio, talvez a própria telepatia, para que ao se separassem, pudessem continuar a ouvir a voz suave, um do outro.
Ele decidiu que já era hora de revelar seus sentimentos para ela, e para mais ninguém. Por isso, fez, com suas próprias mãos, uma caixa de madeira, fechada com seus sntimentos escritos, em uma carta, dentro da caixa.
Enquanto a caixa era enviada a ela, a própria sofria de um ataque de sua doença, asma. Minutos depois, seu corpo não emanava a energia de sempre, e jamais poderia sussurrar novamente palavras doces. Sua pele branca era fria e agora, também molhada, pelas lágrimas dos que cercavam seus corpo.
Ela jamais recebeu a caixa, tampouco, a carta e ele jamais se perdoou por não ter sido mais veloz...
Decidiu colocar uma flor diferente em seu túmulo, todos os dias, para que onde quer que ela estivesse, se lembrasse que seu amor se renovava todos os dias, era contínuo e eterno...
Alguns anos se passaram, e seu amor parecia diminuir, se levássemos em consideração as flores...
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Já esquecida, sua pobre alma entristecida e não compreendida, esperava que ele voltasse, mas ele seguiu em frente. Um vento a levou para longe, quando a própria viu a última pétala de rosa, antes de um vermelho vivo, ficar marrom, seca; ironicamente, era o primeiro dia da primavera.