Matéria de História: O Renascentismo- parte I

segunda-feira, 30 de maio de 2011
O início

O movimento Renascentismo desenvolveu-se durante os séculos XV e XVI. É considerado um movimento cultural, artístico, científico, e, por alguns, até mesmo religioso, considerando-se as mudanças sobre a influência da Igreja Católica sobre a população.
Teve seu início na Península Itálica.
Surgiu quando os nobres se endividaram com os ricos burgueses, e estes, assumiram a liderança sobre a população. Para subirem ao poder, investiram seu dinheiro em estudos, e os resultados obtidos muitas vezes iam diretamente contra a Igreja, que apoiava e era apoiada pelos nobres. Sem o dinheiro dos nobres, a Igreja não os apoiava, o que fazia com que os burgueses adquirissem mais poder.
Alguns nobres casaram seus filhos com burgueses, como “forma de pagamento” (agora, eles fariam parte da elite), e também como forma de “salvar o nome da família”.
Os ricos comerciantes sobem ao poder, porém, não foram expostos ao mesmo tipo de cultura que os antigos nobres. Por esse motivo, e também para conquistar a aprovação do povo, mudaram, de acordo com seus interesses, forma de expressão, tornando-a mais acessível.

Teocentrismo X Antropocentrismo

A palavra Teocentrismo vem do grego, "theos" e "kentron" (Deus e Centro, respectivamente)
Teocentrismo é a teoria da Criação, onde Deus criou todas as coisas e é um ser perfeito. O homem, por tê-lo traído, sendo expulso do jardim do Éden, se torna um ser de espiritualidade ainda mais inferior, tendo assim que estudar e se esforçar para, na tentativa de se salvar, se tornar uma pessoa melhor, mas nunca perdendo a condição de ser humano; com isso, quis dizer que, por mais pessoas, isto é, por mais elevados que sejamos, sempre teremos nosso lado "animal", e que por isso, não deveríamos ser orgulhosos.
A ideia era reforçada a cada momento: a população em geral não sabia ler ou escrever, e toda a cultura aprendida era proveniente dos clérigos; todos os livros da época eram religiosos; a Igreja controlava o mundo (conhecido) cultura e comercialmente; e, mais importante, não existiam verdadeiras explicações para a vida, apenas as explicações religiosas. Como vimos em aulas, as pessoas não tinha respeito pela vida, e sim medo da morte.

Apesar de sua soberania, a Igreja e seus membros era sustentados pelos nobres. Estes declinavam economicamente, e suas dívidas apenas aumentavam, aumentando o número de ricos burgueses. O poder não era de apenas uma classe social, pois os burgueses (povo das cidades) ascendiam, e os nobres, decaiam. A população necessitava de uma liderança estável, porém, os burgueses não poderiam assumi-la sem cultura.

Então se inicia o Antropocentrismo.
Os ricos burgueses, para assumirem a liderança, investiram nos estudos. Muitos desses estudos iam contra as ideias pregadas pela Igreja Católica.
Essas ideias afirmavam, cada vez mais que o ser humano poderia interfirir na vida das pessoas, e isso o colocava mais em destaque, pois agora, podia fazer algumas das coisas que antes, apenas Deus poderia.
Esses novos pensamentos abrem a mente da população; uma classe antes dita "inferior" ascende; os fatos exigem uma nova maneira de pensar, de divulgar a cultura, uma nova maneira de viver! Agora, a sociedade dá menos destaque às opiniões religiosas, as informações são reveladas.
Quanto a burguesia ascender, a literatura, música mudam de forma, pois além destes financiarem estudos, não vem de uma linhagem de nobres, e seus costumes são diferentes.
E esses estudos nunca param.

"Quando eu pensar que aprendi a viver, terei aprendido a viver"
Leonardo da Vinci

As Principais Características do Renascentismo:
1. antropocentrismo: o homem é destacado dentre as outras obras do Criador (Deus), não sendo superior à ele em poder, mas começando a fazer descobertas, que antes, como divulgado pela igreja católica, que eram apenas passíveis de entendimento divino.
2. humanismo: valorização do homem como conhecedor de novas verdades, e pelo poder que esses novos conhecimentos davam à eles (poder de aperfeiçoar o modo de vida).
3. racionalismo: o homem raciocina sobre coisas antes julgadas como “pecados”, não seguindo mais cegamente a Igreja Católica, procurando explicações para os acontecimentos na Terra.
4. naturalismo: o homem ser valoriza mais como ser humano e como criação de Deus, interagindo mais com sua verdadeira forma e sua maneira de ser: como exemplo, podemos tomar as várias pinturas e esculturas com pessoas nuas, em meio a natureza, expressando interesse pelo conhecimento ou expressando sentimentos.
5. individualismo: o homem se destaca pela sua individualidade, a forma de cada um se expressar por uma das diversas opções propostas.
6. hedonismo: agora, com a opinião da Igreja Católica em segundo plano, o seu humano tem maior liberdade para usufruir dos prazeres em vida, sem terem que se sentir culpados, pois não seria mais pecado.
7. experimentalismo: com a opinião da Igreja Católica em segundo plano, o ser humano teve maior liberdade de crítica, e, com ela, vieram as novas ideias (racionalismo), que tiveram que ser experimentadas. Com esses experimentos (muitos não eram possíveis por serem considerados pecados, como não poder estudar um corpo morto, o que não contribuía para a medicina). Com o experimentalismo, muitas áreas humanas irão se desenvolver (algumas exatas também), como filosofia, biologia, história...
8. crítica: para que toda a evolução na sociedade pudesse ocorrer, foi necessária a crítica, pois só com ela o homem poderia melhorar algo.

As Influências greco-romanas

O próprio termo renascentismo se refere a fazer com que as culturas grega e romana (sendo estas, muitas vezes proveniente da grega) renasçam, isto é, fazer com que todos, desde os clérigos, nobres, até o povo passe a valorizar novamente conhecimento, arte e estudos (apesar da população em geral não poder desfrutar, de fato, desses elementos). Em cada um dos elementos podemos observar as principais características da época, e, neste trabalho, ressaltaremos as mais específicas.
Podemos ver traços dessas culturas ao observarmos, também:
Nestas pinturas, podemos observar dois homens conversando, com o tórax exposto, demonstrando a valorização do corpo humano(naturalismo). As cenas cotidianas são mostradas na pintura sobre cerâmica, onde homens dançam, e na terceira, onde está revelada uma guerra, hábito romano. A quarta é uma cena cotidiana, o transporte de cereais.
Nestas figuras, podemos observar, à primeira, a valorização do corpo humano (naturalismo); é a figura de uma Deusa pagã, o que reforça a ideia de que a Igreja Católica vinha perdendo sua influência. Na segunda, podemos observar uma mão (ou ama de leite) amamentando o bebê, uma cena do cotidiano. A “Monalisa” mostra o antropocentrismo, pois ela se encontra como ponto central na pintura; humanismo, pois foram necessários estudos e cálculos para que se pudesse pinta-la; racionalismo, pois se teve que utilizar da razão para pinta-la; individualismo, pois se valoriza a individualidade da mulher; hedonismo, pois seu vestido possui decotes, e já se apresenta um conceito melhor definido de moda (ela não possui sobrancelhas, assim como as mulheres da época em que foi retratada); experimenalismo, pois uma cultura renascia em meio a uma sociedade extremamente rígida, e o modelo do vestido transmite uma outra ideia; crítica, pois uma nova mentalidade resurgia, resultado de indignação do povo. Na última imagem, chamada “Aula de Anatomia”, podemos observar que agora pode-se estudar corpos, o que era algo novo: assim como nas sociedades grega e romana, valorizava-se o estudo. Em “O nascimento de Vênus”, podemos ver a citação de temas pagãos.
Algo novo que aparece é o uso da perspectiva e da profundidade, além da pintura sobre quadro (e não mais diretamente sobre a parede)

As esculturas de ambas as épocas apresentavam, muitas vezes, corpos completamente nus, com características tão perfeitas que pareciam humanas (veias, músculos...). De alguma forma, faziam alusão ao fato de que, de acordo com a mentalidade dessas sociedades, o ser humano seria a mais completa e perfeita obra divina. Susas esculturam representavam, muitas vezes, os jogos, principalmente das olimpíadas, com o constante idealismo.
Podemos ver que as esculturas retratam cenas cotidianas, com as vestimentas de hábito para cada ação a ser executada. Os corpos são expostos, e a figura humana é leal a real.
2. Arquitetura: a arquitetura clássica serviu de base para que a arquitetura renascentista se formasse. Volta a serem projetados prédios com colunas (jônica, dórica e coríntia), formatos geométricos, como o teto retangular e o uso dos triângulos; também as abóbadas (teto arredondado), arcos, linhas horizontais, com equilíbrio estético extremo. Volta-se a construir anfiteatros, bibliotecas, escolas (imagens), e os teatros tem três palcos (platéia, orquestra, atuação).
3. Literatura: para adquirir-se maior saber, não apenas aquele divulgado (convenientemente) pela Igreja Católica, os estudiosos devem aprender línguas antigas, como o hebraico (traduções biblícas- eles não deixaram de serem religiosos), e grego. Volta-se a escrever histórias por forma de poesia, principalmente lírica, e sua moral é naturalista, e pode abordar assuntos religiosos (com base clássica ou não) ou do cotidiano.Apresentavam personagens puros, em diversas formas, tanto psica como física (idealização).Obras em destaque: Cameron, África, e O Príncipe, onde está esposto o pensamento seculista, Os Lusíadas, e Dom Quixote de la Mancha. Sendo esta uma época de mudança, o novo e o velho (pensamento) se relacionam sempre.
4. Ciências: Durante toda a Idade Média, acreditou-se no Geocentrismo, teoria sustentada pela Igreja Católica. Foi na Renascença que Nicolau Copérnico desfez essa teoria, apresentando a teoria Heliocêntrica, na qual o Sol é o centro do sistema solar, e não a Terra. Também era sustentada pela Igreja que os corpos inanimados eram sagrados, e portanto, não poderiam ser abertos e estudados. Com o experimentalismo, começa-se o estudo de corpos mortos, possibilitando o avanço medicinal e cientifico. Nas culturas grega e romana, estudavam-se os corpos, além de estudarem a posição da terra no sistema solar. Fez-se a descoberta da bússola e o aprimoramento das técnicas de navegação.
5. Teatro: o teatro é uma importante semelhança, pois divulgaram a cultura aos que não faziam parte da rica burguesia ou nobreza, e portanto, não tinham acesso ao conhecimento por outros meios (como os livros, por exemplo). Algumas vezes, eram encenadas peças sobre mitologia e religião, porém, em geral, tratavam de assuntos cotidianos (dando, de alguma forma, acesso as mudanças a toda a população). 43.
6. Filosofia: Em todas as culturas, valoriza-se, por meio da filosofia, a busca pelo saber, como disse Leonardo da Vinci “Quando eu pensar que aprendi a viver, então terei aprendido a morrer”, e Sócrates “Só sei que nada sei”. Com esse pensamento que se vançou, passo a passo, nos conhecimentos. Uma de suas maiores características é o fato de estar diretamente relacionada com a religião.
7. As Universidades: estando os renascentistas, de certa forma, contra a Igreja Católica, desejando o saber não divulgado por esta, deve-se formar suas próprias academias de ensino, para que possam se formar os futuros filósofos. Assim como na cultura grega, com a famosa Universidade de Atenas, teremos agora estudos mais profundos de filosofia (pois não era mais proibido), anatomia e medicina em geral ( engloba também a área da biologia), entre outras ciencias exatas e humanas.
8. Filosofia: Filosofia quer dizer “amizade com o conhecimento”, ou seja, como já foi visto, se almejava o saber. Usa-se o secularismo,e creia-se que. Ao invés de pensra na morte, deve-se estudar a vida. É contra ao pensamento da Igreja, ao mesmo tempo que se relaciona a ele (pensamento com semelhanças a filosofia aristotélica). Volta alguns aspectos das filosofias platonicas e aristotélicas, com valores idealistas, o aprendizado em conjunto por meio de debates na universidades, estuda-se, primeiramente, o próprio pensamento, para que então se possa aprender conteúdos diversos.

---

Matéria do teste

O que é (foi)? renascentismo é o nome dado ao período da história no qual aconteceram mudanças significativas na mentalidade de alguns grupos privilegiados da suciedade.
Quando? ocorreu a partir do séulo XIII, alcançando seu auge do século XV e declínio no século XVI
Onde? teve seu início na Itália, onde pode-se observar muitas obras que serviram de inspiração para o movimento

O importante lembrar que o principal fator que impulssinou o mivimento renascentista foi a necessidade de que uma nova classe social- a burguesia- impusesse seus valores sobre a antiga ideologi teocentrica defendida pela igrja católica, valorizando cada vez mais o homem:

Principais aspectos renascentistas (de acordo com a professora)

1. Antropocentrismo: é a valorização do homem como a mais perfeita criação Divina, como centro de toda a luz emanada pelo Senhor (os renascentistas iam contra algumas características do catolicismo, mas não deixaram de sê-los).
2. Humanismo: é a valorização de homem pelo saber adquirido. (latim: humanus= aperfeiçoado, polido)
3. Racionalismo: uso do saber para adquirir novos conhecimento, não tendo a chamada "fé cega", antes pregada pela Igreja, podendo se chegar assim, a conclusões que divergisse da da Igreja.
4. Naturalismo: sendo o homem a mais perfeita criação divina, o corpo do homem deve ser aceito e respeitado (além de exibido). Portanto, todas as obras que mostrassem o ser homano deveriam retrata-lo de forma fiel à criação divina, dentro da realidade (mesmo que uma realidade idealizada)
5. Individualismo: é valorizada a individualidade do ser humano, as habilidade de cada um.
6. Hedonismo: vivencias momentos de prazer sem que isso seja considerado um pecado.
7. Experimentalismo: o homem tende a experimentar as conclusões que chega. Por causa do experimentalismo houve grandes avanços, principalmente nas areas medicinais, uma vez que agora os corpos poderiam ser estudados sem que isso fosse proibido (como antes era pela Igreja Católica).
8. Crítica: fez com que todo o movimento renascentista começasse, pois exige a observação, o que fez com que a mentalidade mudasse.

Portanto: observação-crítica-razão-experimentalismo-antropocentrismo-individualismo-naturalismo-hedonismo

A observação gera a crítica, que junto a razão, chega a uma conclusão, que quando experimentada, se certa, gera a valorização do ser, o antropocentrismo, que com vários casos de experimentos certeiros, gera o individualismo, que nos leva a valorização de todas as formas, inclusive a do modo que Deus nos fez (não importa sua religião; naquela época, a crença oficial era a da existencia de um Deus), o que nos leva a conclusão de que Deus assim nos criou, era por algum motivo: para que usufruamos do nosso corpo, assim, chegando ao hedonismo. Tudo isso gera o HUMANISMO, pois, depois de tanto saber adquirido, deve-se valorizar o homem por algo a mais que apenas por ser a mais perfeita criação Divina.

Itália, berço da Renascença+ aspectos do renascentismo
Podemos dizer que a Itália foi pioneira, uma vez que ela foi a primeira cidade a apresentar sinais de mudança. Muitos acreditam que isso se deve ao fato de que nela estão contidos diversos elementos culturais que incentivaram o "renascimento" dessas culturas (grega e romana), principalmente de monumentos como antigos palácios, circos... Além disso, o comércio intenso enriquecia burgueses, tornando mais claro que, agora, os nobres não estavam na mesma condição economica dos burgueses (e com isso, ia contra a Igreja, que dizia que não se podia enriquecer).Também citamos que para lá foram os bizantinos, artistas, que, ao fugirem de Constantinopla, levaram consigo toda a sua carga cultural.

Porém, as principais mudanças na Itália ocorreram nos séculos XIV e XV, quando foram erguidos novos centros comerciais, o que unia as pessoas para divirem o saber. Eram esses centros Constantinopla, Flandres, parte da França e Catalúnia e, é claro, Península Itálica, principalmente em cidades como Gênova e Veneza (responsáveis pelo maior tráfego comercial marítimo), e Roma, Florença, Pisa e Milão (responsáveis pelo maior tráfego terrestre); em todos os casos, podemos dizer que isso afetou mais diretamente a população burguesa, que vivia do comércio de rua, que, com isso, ganhavam dinheiro e poder, ao passo que, os nobres iam perdendo o poder perante a sociedade. Como eram os nobres que sustentavam Igreja, esta foi obrigada a aceitar algumas pequenas mudanças, para que não decaísse por completo (como por exemplo, como já foi dito, quanto ao uso de corpos mortos pra uso de experiencias científicas). Dentro de tantas mudanças, foram criados diversos estados, que não eram divididos apenas geograficamente: também economicamente, e, consequentemente, socialmente. 5 desses estados estavam sempre lutando, apesar de dominarem a Península: Reino de Nápoles, Estados da Igreja, Estado de Florença, Ducado de Milão e República de Veneza, os quais eram subdivididos entre os diferentes tipos de regime.
Dentre os de regime de governo, classificamos Estados da Igreja, Reino de Nápoles e Ducado de Milão (que ainda tinha o poder monopolizado nas mão dafamília real, com poder hierárquico), que, com a crise, procuravam estabelecer uma relação de confiança com burgueses (que em toca recebiam proteção), como o casamento. No caso dos países de regime republicamos, já encontramos a república, onde o poder também é monopolizado em oligarquias (pequeno grupo de pessoas), porém, o poder não era hierárquico.
Toda essa cultura foi patrocinada pelos chamados Mecenas, que eram governantes nobres ou ricos burgueses, que financiavam, principalmente às artes, para que estivessem um pouco a frente de seus adversários em questões de prestígio social, fama e poder politico

---

Espero ter ajudado, Laura!

BJS caramelados,

Patty

0 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...