Família Cullen- capítulo 2- O castelo

quinta-feira, 11 de março de 2010
Alice

Estou feliz, feliz, feliz! Jasper e eu temos nossa própria casa, aliás, uma pequena extravagância que fiz agora que sou uma Conselheira Econômica de Grandes Empresas Multinacionais na Bolsa de Valores, fui comprar um castelo! Jasper achou a ideia um tanto quanto extravagante, mas eu sei que ele vai se acostumar...

- Amor, sabe, eu acho que essa “casa”, e tenho que ressaltar as aspas na palavra “casa” - ele fazia aspas com as mãos enquanto olhava lindamente para mim e tentava explicar seu ponto de vista - acho que ela vai nos expor! Carlisle, Emmett, Edward e até a Rosalie vão querer nos matar! Isso se os Volturis não chegarem primeiro, é claro.

Cheguei pertinho dele e toquei seu ombro, depois preparei a minha voz mais doce para responder-lhe:

- Relaxa gatinho, tenho certeza que nossa família não vai ligar! Aliás se temos dinheiro e “vida” eterna, eu quero ter pelo menos uma vez na minha “pós-morte” uma casa dos sonhos!

Eu o olhei com carinha de dó e baixei a cabeça, a minha encenação o fez me abraçar e completar seus pensamentos em voz alta:

- Eu não consigo discutir com você, minha princesinha saltitante...



Jasper

É claro que não consigo discutir com ela, ainda mais depois de ela saltitar do meu lado e me beijar em retribuição. Posso controlar as emoções dos outros, mas não posso controlar a mim mesmo, e essa incapacidade é o que levou minha princesinha a trabalhar e comprar nosso próprio reduto longe da humanidade.

Atualmente, eu não tenho tido tanto desejo em sugar todo o sangue deles, na verdade a companhia dos humanos me irrita. Após passar uma temporada toda com Alice na Sibéria, em um hotel com programação para turistas excêntricos - esses turistas me despertaram um tremendo ódio pela humanidade! Como podem ser tão fúteis? Exclusivistas? Para eles se todos os pobres, negros, judeus, islâmicos, índios e todas as minorias, se elas morressem, o mundo será um lugar melhor! Eles não percebem que o problema do mundo são as pessoas que são como eles, e não as minorias. Isso me enfureceu e tentar transformar seus sentimentos em coisas mais produtivas por quase dois meses me desgastou. Quero distância de todos, menos de Alice. Sem ela eu não ‘vivo’...

Nossa família é o pouco de companhia que eu gosto de ter, mas até eles concordam que às vezes devemos nos manter um pouco afastados por um período de tempo. Afinal, é mais fácil notar oito vampiros e uma meio vampira rodeada por lobos, do que um casal de vampiros. É melhor para o nosso disfarce nos separarmos de tempos em tempos.

Alice está animada, a ideia de ser a senhora Whitlock, ao invés de a senhorita Cullen a deixa eufórica. Ela parece totalmente realizada com a ideia de poder trabalhar e comprar Porches de todas as cores... Parece futilidade, mas o que eu faria sem ela? Porque afinal eu me separaria da luz de minha vida? Isso dói só de se pensar no assunto...

Mudando totalmente a linha de raciocínio, passar o tempo com Alice é uma das melhores coisas a se fazer, ela é tão viva e sincera no que diz, sua reação é algo que sempre me encanta e deixá-la sem palavras é algo que me faz rir interiormente. Pensando nisso decidi ajudá-la com seus planos na decoração de nosso novo lar e... decorar pode ser divertido, melhor ainda é ver a reação quanto aos meus planos sobre o porão...



Alice

Meu amor e eu fizemos a decoração de nosso novo castelo com cores suaves, afinal não tem graça parecer morar em uma tumba! Mas... olha só, podemos realizar um dos desejos de Bella: temos um porão e dá pra colocar caixões lá! Na verdade, essa foi uma das ideias de Jasper enquanto mexíamos no porão. Ele disse que quando Edward, Bella e Renesme vierem para cá, os apresentará o porão com caixões como se fosse “o quarto de hóspedes”. Meu amor não presta, ele tem um senso de humor e tanto, além de gostar de me deixar irritada. Mas eu gosto de suas reações abusivas.

Mas me sinto triste apesar de nossa nova casa, eu coloquei o meu amor em perigo, e fui egoísta a ponto de achar que ele aguentava, enquanto na verdade ele estava sofrendo. Aquelas férias... eu deveria ter acabado com elas no segundo dia, mas fui egoísta, achei que ele aguentaria. Não queria admitir que ele estivesse se esforçando demais e sem necessidade alguma. Eu fui uma estúpida, tão egoísta... tão burra. Eu não queria ver o óbvio. Jasper, o meu amor, estava sofrendo tentando controlar as emoções de tantos... e tentando ao mesmo tempo me fazer feliz... eram tantas pessoas egoístas, inclusive eu mesma.... Estou tão arrependida. Quero recompensá-lo, vou dar-lhe tudo o que ele desejar para amenizar o meu egoísmo. E se nesse momento o que ele quer é ficar longe... ficaremos longe, antes que por meus erros o nosso castelo comece a desabar...



Jasper

Ver Alice séria é desconcertante, eu tento não transparecer, mas sei que ela se sente culpada, como se o fato de eu não conseguir me controlar fosse culpa dela, que faz isso tão bem. Eu estaria perdido no mundo se ela não tivesse me achado, da forma mais casual que se podia imaginar ela me encontrou, em um momento que eu tanto precisava dela e suas primeiras palavras foram “Porque você demorou tanto?”, como se nos conhecêssemos há anos. Ela me fez sentir que eu já havia encontrado a quem eu pertencia.

Imagino como ela deve estar se divertindo prevendo a rotação das ações da Bolsa... literalmente ela fará a fortuna da família com sua “intuição feminina”, como ela diz aos acionistas das empresas. E eu quero estar perto dela para ajudá-la e não para atrapalhar... Se sentir em algum momento que ela não precisará mais de mim, nesse momento eu posso morrer.

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