Sol Poente- capítulo11- Cozinhando para Bella

sábado, 13 de março de 2010
Eu simplesmente não acredito que meu irmão fez isso. Trouxe a humana até nós. Por mais que ela fosse inofensiva, confiável, isso não impediria que ela se assustasse, e a qualquer momento, isso pudesse colocar nossas "vidas" em risco. E Edward dizia a mim, que eu estava sendo teimosa, que poderíamos ser amigas, e que ela poderia me ensinar a ter sentimentos... Como ele pôde dizer isso?! Quero que as pessoas parem de pensar que eu a odeio apenas. Acho que ao menos pareço jovem demais para morrer, e além disso, acabo de vir de uma situação assustadora. E ela é nova demais para morrer. A verdadeira questão, não é se ela oferece perigo para nós, e sim se nós oferecemos perigo a ela. Especialmente Jasper. Achei que conseguia aguentar tanta pressão... Eu estava quase me recuperando do choque da notícia, quando Alice disse:


- Edward, que bom que ela concordou! O que ela gosta de comer? Estamos planejando uma festinha para ela. Mas ela escolhe o cardápio: chinesa, massa, carne, frutas, salada, doces, salgados... Ou tudo!


- Não acho que ela vá comer muito. - respondeu ele.


- Mas é claro que ela vai! Todos nós vamos preparar um prato especial para ela. Todos nós já estivemos na Itália, mas acho que eu posso cuidar da decoração da casa. O que você acha da ideia?


Já estava cansada da obceção de Alice por festas, por ainda era algo suportável. Até o presente momento. Ou até quando tive que cozinhar para ela.


- Ela é italiana? - perguntei. Confesso que meu humor estava péssimo.


- O seu nome é Bella - respondeu Emmett.


- Aí vem a humana!


Quase não acreditei. Claro, que já sentira seu cheiro antes, na escola, mas ele se diluia, eram muitas pessoas. Era tão doce, tão desejável... Conseguia me imaginar atancando-a, matando-a, bebendo todo seu sangue, e talvez abrindo seu corpo, cada milímetro dele, para saber se restara sequer uma gota. Mas uma ardência equilibrava tudo. De certo, aos meus olhos, sua imagem mudara da água para o vinho, naquele instante.


Estava tão obcecada, o monstro dentro de mim acordando, que deixei a tigela de vidro escorregar de minhas mãos, quebrando-se. Quebrou-se o vidro, assim como minha ilusão.


Todos olhavam para mim. Jamais poderia dizer o que estava pensando, tive que fazer com que parecesse uma cena.


- Perfeito! Agora, todos vão saber sobre nós.


- Rosalie!


- Ignore a Rosalie, eu ignoro - disse Edward. Realmente, ele me ignorava .
A manhã acabou, para mim, resumida em vassoura e cacos de vidro.


* * *


A música suave vinha de cima. Os passos leves que a acompanhavam era quase imperceptíveis.
Então, apenas a música continuou seu ritmo, enquanto os risinhos iam ficando cada vez mais distantes...


- Olá? Os outros estão vendo um filme, mas achei muito chato.


- Carlisle, você quase que me mata de susto!


- Desculpe, Rosalie. Mas acho que temos um assunto a tratar. - sua voz soou séria, me assustando um pouco.


- Alice está observando os dois, e eles nem sabem, certo?


- Não mude de assunto. É realmente algo de que eu tinha medo.


- Fale.


- Ela foi tão assustadora com você quanto foi comigo? - ele perguntou.


- Quem? - eu não poderia contar sobre Victoria. Todos desapareceríamos se o fizesse.


- A ruiva. Vamos, você sabe do que estou falando! Começamos a nos sentir observados, depois que contamos a alguém, começamos a ver vultos vermelhos, e todos pensam que estamos alucinando. Os outros não sabem, mas o mesmo já aconteceu comigo. Não finja. Eu sei. Nem Edward pode saber, por causa do efeito que a pasta causa na sua memória. Ele lê memórias, mas essa sua "aventura", está guaradada em outra parte de seu cérebro.


- Sim, ela me assustou - não tinha mais como esconder, além do mais, precisava falar com alguém.


- Te manteremos segura.


- Por que ela faz esse tipo de coisa?


- Vinho. Humanos gostam de suco de uva e álcool. Vampiros, gostam de sangue, enxofre, e fica envelhicido como o vinho, uma vez que não temos um coração batendo.


- Rosalie, Carlisle! - Era Esme - Vamos caçar!


Carlisle saiu rapidamente, enquanto eu, fiquei ali, paralisada. O que eu acabara de fazer? Victoria saberia que contara e...


Seria o fim dos Cullen.

2 comentários:

Marie Alice Whitlock disse...

Fiquei curiosaagora.. :-)

Unknown disse...

Rose você, ainda, me odeia tanto assim pra me ver pelas costas??

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